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Biblioteca, um local de memória

Com o advento da modernidade, á partir dos processos gerados e desenvolvidos nas sociedades industriais dos séculos XIX e XX, as bibliotecas passaram a assumir uma função de lugar de memória enquanto instituições destinadas á preservação dos registros do passado deixados pelos homens, compreendidas como centro de memórias coletivas de determinados grupos ou mesmo de uma nação no caso das Bibliotecas Nacionais. Neste contexto, o papel das bibliotecas na preservação dos acervos históricos e resgate de elementos da história cultural de um povo tornam-se cada vez mais evidentes. Contudo, observa-se que grande parte das bibliotecas tombadas como patrimônio histórico tiveram como justificativa seu edifício, sua estrutura arquitetônica, e não suas coleções.

A partir desta breve introdução, como parte das intervenções voltadas á educação patrimonial, propomos uma reflexão sobre a importância da presença de uma biblioteca pública em nosso município. Inaugurada no dia 23 de janeiro de 1973, ás 14 horas, na sede da Prefeitura Municipal, na época se localizava no prédio onde atualmente se encontra o Departamento Municipal de Saúde. A biblioteca municipal foi financiada com doações de fazendeiros e comerciantes locais e fundada pelo prefeito da época, José Asdrúbal de Almeida, nome o qual foi batizada. Com o passar dos anos, vários outros prédios históricos abrigaram nossa biblioteca: o Paço Municipal Tancredo Neves, o Prédio da Câmara Municipal, o Casarão das Irmãs Carvalho e, atualmente, denominada como sala de leitura, encontra-se em sua sede própria localizada na Praça Monsenhor Dutra, nº 150. Conta com um acervo de 11.892 livros e recebe uma média de 90 visitantes por mês, entre pesquisadores, genealogistas, historiadores e estudantes das escolas públicas e privadas, com uma média mensal de 96 livros emprestados, totalizando cerca de 966 livros de janeiro a outubro deste ano.

Os 10 livros mais solicitados foram:

1 – A Escrava Isaura do autor Bernardo Guimarães;

2 – A Mão e a Luva,

3 – Helena, do autor Machado de Assis;

4 – Iracema,

5 – Senhora, do autor José de Alencar;

6 – O Escaravelho do Diabo da autora Lúcia Machado de Almeida;

7 – Claro Enigma do autor Carlos Drummond de Andrade;

8 – A Hora da Estrela,

9 – Laços de Família, da autora Clarisse Lispector;

10 – Os Lusíadas do autor Luís de Camões; não necessariamente nesta ordem.

Texto de Gabryell Tavares de Barbosa
Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural

Referências Bibliográficas

Murguia, E. I.; Yassuda, S. N. Patrimônio histórico-cultural: critérios para tombamento de bibliotecas pelo IPHAN. Perspectivas em Ciência da Informação, v 12, n 3, p 65 – 82, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v12n3/a06v12n3.pdf.

Fonte das informações sobre a Biblioteca Municipal: Antônio Benedito Andrade de Almeida

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